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Qual é mesmo o seu negócio?
*Por Paulo Sérgio de Moraes Sarmento Quando temos a resposta para essa pergunta não tão simples parece que tudo fica mais fácil, principalmente porque a partir dessa constatação podemos pensar em como fazer crescer a nossa empresa, o seu valor e trabalhar a sua perenidade. Para o crescimento há um caminho. São etapas que passam primeiramente pela revisão do plano de negócios que, pela da sua estrutura de raciocínio, encerra em seu conteúdo a resposta à pergunta de qual negócio temos, ou pretendemos. O plano de negócio nos obriga pensar em nós como acionistas que investimos e corremos riscos, no vigor do negócio e no que queremos de fato nos envolver. Por isso, toda clareza se faz necessária para que seja coerente e confiável. O plano, que sempre deve ser revisto, é estruturado por uma sequência de questões que cobram respostas pontuais e realistas. No entanto, é um plano. Não um planejamento. O planejamento é que dará a consistência para a execução do plano. O planejamento estratégico, junto com o planejamento financeiro, vem em seguida para dar direção às atividades que decorrem da proposta enunciada pelo plano de negócio. É no planejamento estratégico que se determinam os objetivos, metas, estratégias, competências, recursos, ações e tempo. O planejamento financeiro organiza a aplicação dos recursos, aponta os riscos de perdas e traça o caminho do lucro que irá garantir a sustentabilidade do negócio e a remuneração do capital. Um completa o outro, um depende do outro e ambos, em funcionamento harmônico, norteiam todas as decisões e ações que podem e devem ser ajustados e modificados conforme as circunstâncias. Alterados, mas não eliminados! Quando se aplica o planejamento estratégico, têm-se a oportunidade de identificar e entender os aspectos cruciais para os negócios como: vantagem competitiva, valor, missão, inovação, necessidade de investimentos e rentabilidade. Entenda-se aqui que nem tudo é material, nem tudo é dinheiro mesmo sendo o capital um importante recurso. Por exemplo, de nada adianta aplicar fortunas em pesquisas e desenvolvimento acreditando que só com isso se chegará às inovações. Muitas, talvez a maioria das inovações não partem de grandes somas investidas, pelo menos de início. A base real para as inovações está nos valores, na inquietação e inconformismo que direcionam os esforços e a vocação da empresa. Os investimentos serão necessários depois para o aperfeiçoamento. Se não houver essa cultura, provavelmente o que teremos será uma empresa copiadora das inovações de outros. Existe uma grande diferença entre uma boa ideia e um bom produto. E que diferença é essa? Enorme! Uma boa, ou má ideia, só compromete o dono delas. As coisas se complicam quando a boa, ou má são colocadas em prática. Aí compromete a todos! Envolvem pessoas, expectativas, capital, compromissos e, principalmente, os outros que nada têm a ver. O mundo e o desenvolvimento humano precisam delas e o progresso está calcado nesse conceito. A execução das ideias, ou seja, colocá-las em prática e, mais ainda, ter sucesso com elas é uma longa peregrinação que não basta só o entusiasmo que a ?grande sacada? costuma dar. Há necessariamente que passar pelo planejamento, um cuidadoso projeto, por vezes fazer pesquisa técnica e mercadológica, e ter um ingrediente muito raro principalmente quando achamos que temos uma ideia genial: o desprendimento! Não apegar-se emocionalmente às ideias é fundamental e muito difícil. Não nos desprendendo, estaremos impedidos de ver o que não gostaríamos de enxergar. Não há crescimento sem desenvolvimento de ideias. O que para alguns possa parecer que elaborar plano venha ser trabalho desnecessário, perda de tempo, ou ?eu já tenho tudo na minha cabeça?, lembro que é exatamente o contrário. Esse ?trabalho? é o que dará segurança.. É o que diferencia uma gestão profissional de uma empírica e amadora. *Paulo Sérgio de Moraes Sarmento é economista e sócio da VSW Soluções Empresariais. ...


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